{RESENHA} Garota, Interrompida – Susanna Kaysen

 Ooolá leitores! Feriado bom pra por as leituras em dia e dar uma lida nessa resenha também né?  Estrelado no cinema pela atriz Winona Ryder, na adaptação cinematográfica de James Mangold em 1999, com participação ganhadora de Oscar por Melhor Atriz Coadjuvante de Angelina Jolie (que faz Lisa) – inclusive na capa vem um elogio dela ao livro –, a obra foi relançada pela editora Única em 2013 e chegou nos apresentando um texto autobiográfico sobre os problemas enfrentados pela autora na juventude. O livro aborda muita psicologia, pra quem gosta do assunto. (; Por Jussara 

GAROTA,INTERROMPIDA

Editora: Única (ed. 1)

Original: Girl, Interrupted

Páginas: 190

Lançamento (ano):  - 2013

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Sinopse: Quando a realidade torna-se brutal demais para uma garota de 18 anos, ela é hospitalizada. O ano é 1967 e a realidade é brutal para muitas pessoas. Mesmo assim poucas são consideradas loucas e trancadas por se recusarem a seguir padrões e encarar a realidade. Susanna Kaysen era uma delas. Sua lucidez e percepção do mundo à sua volta era algo que seus pais, amigos e professores não entendiam. E sua vida transformou-se ao colocar os pés pela primeira vez no hospital psiquiátrico McLean, onde, nos dois anos seguintes, Susanna precisou encontrar um novo foco, uma nova interpretação de mundo, um contato com ela mesma. Corpo e mente, em processo de busca, trancada com outras garotas de sua idade. Garotas marcadas pela sociedade, excluídas, consideradas insanas, doentes e descartadas logo no início da vida adulta. Polly, Georgina, Daisy e Lisa. Estão todas ali. O que é a sanidade? Garotas interrompidas.

Um relato pessoal, intenso e brutal que nos faz refletir sobre nosso papel na sociedade, Garota, interrompida é uma leitura obrigatória, que inspirou o filme homônimo sucesso de bilheteria que concedeu a Angelina Jolie seu papel mais importante e o Oscar de melhor atriz coadjuvante.

Garota, Interrompida mostra o drama real vivido por Susanna Kaisen no fim de sua adolescência em 1967. Como todo jovem dessa idade ela sofria com a pressão de ter que trilhar caminhos desconhecidos rumo a vida adulta. Ela simplesmente se recusou a tal, então tentou o suicídio aos 18 anos. Não conseguiu.

Depois dali começou uma terapia que a levaria a passar dois anos – segundo a própria Susanna, dois anos interrompidos, dai o título – confinada no Hospital Psiquiátrico McLean sob o diagnóstico de transtorno de personalidade limítrofe.

Durante a internação ela passa a interagir com as outras pacientes e a partir daí a conhecer melhor a si mesma. Ao mesmo tempo toma conhecimento de um mundo paralelo, ao mundo das pessoas normais. Observa suas colegas Lisa, Polly, Georgina e Daisy e conversa bastante com elas, analisa seus traumas, seus medos e vive momentos de pura lucidez.

Mas em outros sua mente parece viajar por um mundo desconhecido onde coisas óbvias para nós se tornam totalmente incertas para ela, como sua autoimagem, tendo crises de identidade em várias partes. Susanna faz algumas amizades lá dentro, presencia fatos estranhos, conquista a confiança de uma enfermeira, mas logo estraga tudo em um momento de delírio em que se mutila até sangrar.

Por fim, ela tem alta e consegue reconstruir sua vida como uma pessoa normal. É uma história que serve de reflexão do que acontece na cabeça do jovem. A melhor maneira de ajudá-lo é apoiá-lo em suas escolhas, ao invés de só pressionar, atitude que acabará lhe trazendo uma série de frustrações e consequências drásticas. O livro não tem uma cronologia certa, intercalando momentos diversos de sua vida.

          O trabalho de edição da obra é fantástica, começando pela capa que traz em brochura mesmo, efeitos de verniz transparente com várias palavras ‘’escondidas’’, nesse tom rosa que chama atenção. Sem erros de revisão, boa diagramação e papel ótimo para leitura. Um charme!

Já viu o filme? Se não, veja e não deixe de opinar, comente!